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MAI
24
24 MAI 2018
TURISMO
ITAPORANGA COMEMORA O CENTENÁRIO DA MUSICA “ TRISTEZAS DO JECA.”
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Conforme conta o historiado Sebastião de Almeida Pinto
No dia 24 de Maio, “começava então a apreciadíssima carreira artística de Angelino de Oliveira como autor e compositor, onde suas composições eram lindas. E foram até roubadas por pseudo-artistas malandros.”.
O Clube 24 de Maio, um dos mais tradicionais de Botucatu, onde se costumava a promover festas, bailes e jogos de cartas. Em 1918, Nestor Seabra, o presidente eleito da nova diretoria, chama Angelino, que já era conhecido por suas composições, e pede a ele que componha uma música para a solenidade de posse. E lhe diz:
_Preciso de uma musica especial, com uma letra bela, mas diferente do que cantam por aí. Quero fazer uma festa que fique para a história do 24 de Maio!
Angelino saiu do encontro com o Dr. Nelson com aquilo na cabeça. Sentou-se num bar, pegou um papel e começou a rabiscar. Atento ao que acontecia a sua volta, resolveu fazer uma musica sobre a realidade do caboclo, iria falar de suas tristezas. É o apego do “Jeca” à terra em que nasceu, apesar de todas as suas dificuldades. Realidade que ele conhecia muito bem, pois não se adaptava a nenhum outro lugar.
Pega o seu violão, começa a descobrir uma melodia triste e passa a trabalhar a harmonia junto com a letra. Angelino age como um pintor: Seus versos formam para o ouvinte um quadro único e claro. É pura poesia.
Reuniu-se com Zé Maria, mostrou a musica e deu os retoques ali mesmo, enquanto tocavam juntos. O dia da solenidade estava próximo. Angelino chama Maria Banducci e Aurélia Gouveia para cantarem a musica no clube. As duas eram acostumadas a cantar em público. Maria Banducci faria a primeira voz; tinha uma voz de soprano e era quem acompanhava os barítonos que vinham de fora para se apresentar em Botucatu. Com poucos ensaios, a musica ficou pronta para a primeira audição.
O Dr. Seabra organizou para a cerimônia de posse um “Baile cor de rosa” todas as moças vestiam rosa, o salão estava apinhado de gente. Em um dado momento o presidente eleito pediu a atenção e o silencio de todos para apresentar a primeira audição da musica que fora composta especialmente para a ocasião.
Angelino entra com duas moças, afina seu violão, elas se mostram prontas, ele dedilha a introdução e os versos são cantados.

Maria Banducci é quem conta:
“A sala estava que não cabia mais ninguém. Nós cantávamos com entusiasmo, sabe com é moça, sempre entusiasmada... Angelino dedilhava seu violão, claramente emocionado, o silêncio era tão grande que podia se ouvir o vôo de uma mosca ali no salão”. 
E após apresentação, timidamente começam os aplausos que se multiplicaram em instantes, logo o salão gritava e pedia bis. Angelino se levanta, mas as pessoas insistem e ele cante mais uma vez... De acordo com um depoimento da época, “TRISTEZAS DO JECA” foi cantada seis vezes naquela noite no 24 de Maio.
“TRISTEZAS DO JECA” teria a sua primeira gravação na voz de Paraguaçu. O paulista Roque Ricciardi – o Paraguaçu – era um dos cantores mais populares do Brasil. Quando foi apresentado a “TRISTEZAS” quis gravá-la em seguida. A música deu o que falar, até então a realidade do caipira não era tema das canções de sucesso.
Angelino não gostava de festas, de ambiente artístico, não tinha nenhuma vaidade, e todas as viagens que fazia, só aumentava ainda mais certeza de que gostava mesmo era de sua serra.
A melodia “TRISTEZAS DO JECA” foi se espalhando e passou a ser tocada por diversos intérpretes, em todos os cantos do Brasil e do Mundo.
ITAPORANGA tem em seu peito o agradecimento a Angelino de Oliveira, nascido em Itaporanga, na qual nos orgulha muito a cada vez que ouvimos sua musica TRISTEZA DO JECA e suas outras composições todas de sucesso, que como para Angelino, também nos arremete a saudade e amor por nosso pedacinho chão.

CONVITE
O programa GLOBO RURAL, DA REDE GLOBO, apresentará neste DOMINGO, 27 DE MAIO em sua programação, UM ESPECIAL SOBRE O CENTENARIO DE TRITEZAS DO JECA E SOBRE A VIDA DE ANGELINO DE OLIVEIRA, uma verdadeira aula de cultura e saudosismo ao passado.

Contribuição/acervo pessoal:
Professor e historiador João Castilho
Fonte: 
Livro: EU NASCI NAQUELA SERRA
Autor: Paulo de Oliveira Freire

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